Translate this Page



Partilhe esta Página

Links dos Apoiadores

 

 

 

 

 

 

Visitantes 


A História do Bairro Bonfim
A História do Bairro Bonfim

                                        

                                        

 

                                                          

                                                          

 

     Foi no Bairro Bonfim que tudo começou. Mesmo antes da fundação do Arraial que depois se tornaria uma Vila para depois então tornar-se o Município de Nova Lima, o ouro já vinha sendo explorado pelo bandeirante paulista "Manuel de Borba Gato" que o fazia de forma sigilosa para regalo seu, de sua família e amigos para fugir dos tributos impostos pela coroa. Essa exploração se deu muito anos antes do ano de 1701, data da fundação do Arraial Congonhas do Campo (futura Nova Lima), isto porque "Borba Gato" ao descobrir o ouro em Sabará Buçu, por volta do ano de 1680, pesquisou todos os afluentes do rio das velhas atrás do aureo metal e ursufruia da exploração destes achados de forma sigilosa para fugir dos tributos da coroa como ja foi dito. Um destes achados foi batizado por este bandeirante de "Ribeiro do Campo" e sua atividade mineradora se dava no leito esquerdo do Ribeirão do Cardoso, bem em frente aonde hoje está a Igreja de Nosso Senhor do Bonfim.

     A matreirice de Manuel de Borba Gato nas imediações da Serra de Sabarabuçu, que tanto marcou a personalidade mineira, haveria de ser o fator inicial do povoamento da futura "Campos de Congonhas" atual "Nova Lima". Como Manuel de Borga Gato pesquisou todos os afluentes do Rio da Velhas, próximos a Serra de Sabarabuçu, para regalo seu, de sua família e amigos, mantinha tais descobertas em sigilo. Um fato entretanto, faz com que a Coroa Luzitana tomasse conhecimento de uma área denominada por Borba Garo de "Ribeiro do Campo" (Hoje Bairro Bonfim), futura "Campos de Congonhas" atual "Nova Lima".

     A Manuel de Borba Gato é atribuído um crime de morte na região do Sumidouro em Sabarabuçu. A vítima teria sido o nobre D. Rodrigo de Castel Blanco. Devido ao assassinato atribuído a Manuel de Borba Gato ou a gente de seu séquito, este se viu forçado a esconder-se pelas entranhas dos sertões das Gerais a fim de evitar as duras punições que lhe seriam imputadas pelas rigorosas leis da época para quem praticasse crime de morte contra um nobre.

     "Manuel de Borba Gato" buscou então um encontro as escondidas com o Governador da província que compreendia então o Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, "Artur de Sá e Menezes" na cidade de São Paulo.

     "Manuel de Borba Gato", chegando em São Paulo em ocasião oportuna, já tarde da noite, se lançou aos pés de "Artur de Sá e Menezes", que já estava bem informado de toda a situação e o recebeu com carinhosa afabilidade e estando mais tranquilo do susto o aflito bandeirante, se declarou explanando o caso com suas circunstâncias e que o Governador em nome de Sua Majestade lhe desse perdão do suposto e imaginário crime, que se lhe imputava, descobriria, e faria manifesto umas minas de ouro com grandeza tal, que serviria de grande aumento à Coroa no rendimento de seus quintos, e aumento dos seus povos, que até aqui tinha-o oculto por viver retirado pelos sertões, temeroso das justiças e da indignação de Sua Magestade. A "minas" a que "Borba Gato" se referia, estavam então localizadas bem em frente aonde hoje é a Igreja de Nosso Senhor do Bonfim.

     Ao apelo o governador acedeu prometendo interferir junto ao Rei para o perdão do crime e a concessão de mercês se os descobertos se revelassem de merecimento.

     E como se revelaram!

     Em começo de 1700 partiram ambos, o governador e o sertanista Borba Gato, para a indicação das ricas jazidas de ouro.

     Conforme prometera, assim cumprira.

     Pouco tempo depois retornou Artur de Sá e Meneses para Lisboa, muito rico, com "trinta e tantas arrobas de ouro", que teriam sido tiradas das ricas datas reveladas por Manuel de Borba Gato em troca do perdão Real e estas datas eram chamadas pelo bandeirante de Ribeiro do Campo, mais tarde, Congonhas do Campo.